Mais igrejas aceitam o uso de métodos contraceptivos

30 06 2009

Por Stephani Luana Loppnow

 

O uso de métodos contraceptivos sempre gerou enorme discussão entre as diversas religiões existentes no mundo. Há menos de uma década, o uso de camisinhas e anticoncepcionais, por exemplo, era extremamente contrário às leis de muitas igrejas; raras eram aquelas que ponderavam de alguma maneira sua utilização.

“Pouco resolveu esse fechamento das igrejas cristãs, mas se assim já houve tanta proliferação de doenças…”, comenta a catequista há mais de 50 anos, Marcília Ribeiro de Souza. Como católica, ela mantém a posição da igreja: não é a favor do uso dos métodos contraceptivos; entretanto, nem todas as religiões mantiveram esse posicionamento.

O vice-presidente da Assembléia de Deus (religião que sempre impôs rígidas regras de conduta aos seus praticantes), Reuel Bernardino, afirmou que apesar da igreja sempre ter mantido seu posicionamento fechado sobre o assunto, depois de observar e analisar a Assembléia hoje é a favor do uso de métodos contraceptivos. “Apesar de que aquele que segue rigorosamente a Bíblia sagrada, ele não sai fora dos padrões”, enfatiza Reuel.

Já Neuza Alves Pagnossin, presidente do Centro Espírita Casa de Jesus afirma que ser totalmente contrário aos métodos contraceptivos é hipocrisia. “Vai da consciência de cada um usar ou não mas que não sirva para incentivar o sexo desvairado, o abuso e sim para o planejamento familiar”, completa ela.





Disse-me-disse

29 06 2009

A gente sempre tem amigas que contam histórias suspeitas. Pois eu conheço uma que contou sobre sua primeira vez em um motel. Ela não contou nos mínimos detalhes, – óbvio, até porque isso era algo que eu nem gostaria de saber -, mas contou o suficiente para eu achar a história hilária.

Começa assim: ela e o namorado foram a um motel bastante chique. Top de linha. Tudo era inédito e a reação de ambos foi mais parecida com a de duas crianças no parque de diversões do que prestes a fazer “aquilo”. Se bem que “aquilo” também é uma diversão.

O ambiente era observado com muita atenção e curiosidade. Tudo era engraçado: o jogo de luzes do teto, a cama personalizada, o balcão espelhado com diversos quitutes (whisky, refrigerantes, salgadinhos, entre outros), além do cardápio de jantar com os pratos personalizados. Até então, tudo normal: TV LCD, banheiro com hidromassagem, secador de cabelo, sabonetes, e tal.

Aí vem o outro lado da suíte: o lado B. Neste lado encontrava-se uma cesta cheia de humm…. “coisinhas”. De todos os tamanhos, sabores e aparência. Mas o que mais chamava a atenção estava ali ao horizonte. Personalizada e em cores vibrantes, a cadeira possuía um quadro ilustrado ao lado bastante sugestivo, sobre as posições que se pode praticar. Como um manual de instruções.

O mais engraçado da história, entretanto, foi ouvir sobre a caixa branca pregada na parede. Uma espécie de armário na forma de um cubo. “A porta não abre. O que será que tem aqui dentro?”, diz o rapaz. “Deixa prá lá, então. Vamos pedir alguma coisa prá comer”, responde a garota. O tempo passa e nada do jantar chegar. Então, o garoto liga para a recepcionista: “Ei, o jantar não chegou ainda” – “Tem certeza, senhor? Vou verificar”.

Passa alguns minutos e nada… De repente, estronda um barulho da caixa branca e, uma mão começa a balançar como se estivesse avisando que ali estava o jantar. Em seguida, a mão, aparentemente furiosa, desaparece e os amantes inocentes começam a rir de si mesmos e do episódio.

Não sei ao certo sobre o que aconteceu no restante daquele dia. Posso imaginar. Mas como já havia dito, isso tudo foi uma amiga que me contou.

Cibele Córdovaque tem muitas amigas





Produtoras pornôs desejam abrir novo nicho no mercado erótico

26 06 2009

Por Tamara Belizario

É um festival de “ah, vai”, “não, não pára”, “oh meu deus, como é grande”. Dispensa roteiros bem escritos e os atores não passaram anos em escolas de teatro. O figurino é desnecessário e seguindo as idéias do Cinema Novo, basta uma “câmera na mão e uma idéia na cabeça”. Sim, estamos falando de filmes pornográficos, mas da década de 1990. Esqueça tudo que vem à cabeça quando falamos de cinema pornô. A nova indústria pornográfica se reinventou para atingir um público que antes passava longe do rala-e-rola. das telinhas: as mulheres.

“Normalmente, as mulheres têm vergonha de alugar um filme pornô. Na maioria são homens que levam esse tipo de produto para casa”, contou o dono da locadora Vídeo Clube do Brasil, Jean Lenzi. A produção de novos filmes indica que esse quadro deve mudar. Se agora a mulherada enrubesce cada vez que toca em um filme adulto, futuramente elas poderão até comentar com a vizinha sobre a nova produção da Buttman. Nomes como J. Gaspar, diretor que ganhou prêmios internacionais da indústria pornô, estão inventando películas que mais parecem novela das oito. Helicópteros, iates e figurinos a la Poderoso Chefão são a nova onda do momento. As falas dos atores continuam restritas a poucas frases batidas. Também não se pode ter tudo.

Mesmo que o quadro positivo pintado pela indústria pornô não venha à tona e os filmes não se tornem assim tão populares, o dinheiro gerado pelos gemidos só tende a crescer. Hoje em dia, as superprodutoras escondem o faturamento anual, mas estima-se que essa indústria gire na casa dos bilhões. O jeitinho brasileiro está presente até nos filmes pornôs. As nossas produções são vendidas para países como Espanha, Itália e Estados Unidos, que recebem de braços (ou zíperes) abertos os gritos com sotaque tropical. “Antes, os produtores brasileiros importavam filmes franceses e ganhavam com os direitos da reprodução do pornô. Atualmente, o quadro se inverteu. Os brasileiros conseguem fazer grandes filmes, até pela história de produção de novelas que o Brasil tem”, explicou Jean.

As atrizes brasileiras também estão ganhando representatividade no mercado lá fora. Mônica Mattos, 24 anos, é vista como a Sílvia Saint tupiniquim. A brasileira foi eleita a melhor atriz pornô de 2007 no AVN Vegas, o “Oscar” da Indústria Pornô. A atriz, que já contracenou com a celebridade Alexandre Frota e ficou conhecida por praticar zoofilia (sexo com animais), triplicou o cachê depois do prêmio. Mônica ganha em torno de R$4.000,00 por cena e deseja expandir seus dotes para o mercado internacional. Será que ela consegue mais falas em filmes gringos do que Rodrigo Santoro em as Panteras?

Filmes pornôs

Sem camisinha, Regininha? Ai, ai, ai!





Ejaculação precoce é puramente psicológica

25 06 2009

Por Sílvia Mendes

Eles negam, dizem que nunca passaram por isso. Elas sabem que não é bem assim: o fantasma da ejaculação precoce (EP) insiste em assombrar homens e mulheres, apesar toda a promessa de produtos e técnicas milagrosas que existem por aí. Mas de onde vem esse problema tão assustador que faz os homens chegarem ao orgasmo muito rápido, antes do desejado? E o que fazer para acabar com ele?

Segundo o urologista Sebastião João dos Santos, a EP é puramente psicológica: não há fatores físicos ou biológicos que a ocasionem. Nas primeiras relações sexuais do homem, ela é comum, pode ser conseqüência da ansiedade, nervosismo e insegurança. A psicóloga e sexóloga Rita Salgado ressalta que os distúrbios ejaculatórios podem ocorrer em qualquer fase da vida do homem, tanto na adolescência quanto em fase mais madura. Porém, é preciso buscar ajuda quando a ejaculação precoce deixa de ser ocasional e se torna um hábito.

Para muitas mulheres o problema é o oposto, o orgasmo leva tempo, exige trabalho árduo. Várias técnicas podem ser utilizadas pelos homens com o objetivo de não deixar as parceiras na mão. Entre cremes que adormecem a glande peniana, anéis que pressionam a uretra e técnicas de distração para adiar a ejaculação, o mais indicado ainda é o acompanhamento psicológico: “o homem apresenta grande ansiedade e sofrimento por questionar sua própria virilidade e desempenho, resultando em desconforto e frustração. Quanto à parceira, é muito comum que considere a EP do companheiro como uma atitude altamente egoísta e passe, infelizmente, a até evitar relações, fato que normalmente acaba piorando o problema”, diz Rita Salgado.

Como descobrir se é ejaculação precoce?

Não há um tempo determinado antes do orgasmo que indique se ocorreu ou não a ejaculação precoce. Em alguns casos pode acontecer logo no início do contato sexual, antes mesmo da penetração. Segundo a Organização Mundial de Saúde, o diagnóstico baseia-se na constatação do homem e de sua parceira de que a ejaculação está ocorrendo mais depressa do que deveria, sendo insuficiente para que haja aproveitamento do ato sexual.





Abuso sexual atinge 61% dos casos do Sentinela de Balneário Camboriú

24 06 2009

Por Cibele Córdova

É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente o direito à vida, além de colocá-los a salvo de toda forma de exploração e violência, segundo o Art. 227 da Constituição Brasileira. Entretanto, abuso sexual é a violência com maior número de registros no Programa Sentinela de Balneário Camboriú.

O Programa do governo federal é executado desde 1º de janeiro deste ano com apoio da administração pública do município. De acordo com a pedagoga, bacharel em Direito e coordenadora Paula Leão, o Sentinela tem dois eixos de atuação: “prevenção – por meio de mobilizações, palestras e cursos de formação continuada – e atendimento e tratamento de crianças e adolescentes, vítimas ou vitimizadores, de até 18 anos e seus familiares”. Atualmente, existem 60 casos registrados no Programa, sendo 40% do sexo masculino e 60% do sexo feminino.

Mas o que é abuso sexual? Muitas pessoas consideram o estupro como o único tipo de violência sexual. Porém, o abuso ocorre quando uma criança ou adolescente é obrigado a favorecer os desejos sexuais de um adulto ou até adolescente mais velho, baseado numa relação de poder. Pode ocorrer sem contato físico (exibição de órgão genital, pornografia infantil, “cantadas”); com contato físico (beijos, carícias, ato sexual – oral, anal, vaginal), com emprego de violência (força física ou ameaças verbais), ou sem emprego de violência (persuasão, mediante presentes). Neste caso, Paula Leão adverte que “não há violência física num primeiro momento, mas haverá a violência psicológica”.

“Quando o abusador é adulto, ele vai responder pelo crime praticado com base no Código Penal. Já o abusador adolescente será responsabilizado de acordo com o estabelecido no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA -, criado pela Lei 8069, de 13 de julho de 1990”, destaca o advogado Marcos Antônio Moraes. As penas variam e entre elas estão: Estupro e/ou Atentado violento ao pudor: reclusão, de 6 a 10 anos por cada crime; e Corrupção de menores: reclusão, de 1 a 4 anos.

Infográfico: Cibele Córdova

Infográfico: Cibele Córdova

A psicóloga Francine Granada fala sobre os principais sintomas de uma provável vítima de abuso sexual. Clique e ouça:





Sexo ainda é tabu em família

23 06 2009

Por Joana Gall

O tema é sexo, a família se reúne, os pais explicam e esclarecem as dúvidas dos adolescentes. Este seria o ideal da educação, porém, mesmo na sociedade moderna, não é bem assim que funciona. É verdade, a sexualidade é tratada de maneira bem mais aberta com a mudança de gerações, contudo, em muitos lares brasileiros o assunto ainda é motivo de vergonha e repreensão.

É assim na casa da estudante Fernanda Rafaela Pereira, de 14 anos. Ela e muitas outras jovens da mesma idade não tratam do tema em família. “O assunto é mais fechado, tenho medo da reação dos meus pais e do que eles podem pensar”. Fernanda ainda diz que seria bem mais fácil se pudesse perguntar e que a questão é muito importante para não haver diálogo em casa.

De acordo com a psicóloga e Mestra em saúde e gestão no trabalho, Jamille Z. Secchi, é necessário o apoio de quem está ao redor para enfatizar o cuidado. “A maioria dos jovens tem a informação, porém, talvez por não ter essa conversa, acaba se descuidando”. Ainda de acordo com ela, muitos pais têm dificuldades em explicar o assunto porque não tiveram essa educação em casa, e não sabem o que dizer.

Mas este não é o caso da operadora de caixa Florence Butschkau Monteiro. Mesmo com o esclarecimento de toda a família, ela engravidou quando tinha 18 anos. “Sempre tive conversas em casa, falava com minha mãe, meu pai e até a minha avó. A causa da gravidez foi minha, e não por falta de esclarecimento”. Ela acredita que o assunto deve ser tratado em casa, porém o jovem precisa se conscientizar sozinho e não depender somente da família para isso.





Eu, eu mesma e o Dia dos Namorados

22 06 2009

Por Stephani Luana

 

Ok, confesso, apesar da maioria dos homens (entenda-se sexo masculino) alegarem que o Dia dos Namorados é uma data meramente comercial, gosto muito desse dia. Como romântica daquelas que levantam a bandeira do amor e sonham com o relacionamento perfeito, não consigo entender por que uma parcela das pessoas não vê importância na data. Que em todos os dias deva ser cultivado o amor, a paixão, SIM; que o comércio, motéis e sex shops bombam, SIM; mas vejo a data como uma forma de celebração e reflexão, um dia onde os sentimentos bons, e o tesão, estão à flor da pele.

Quando namorava, adorava a idéia de fazer surpresas, comprar coisinhas fofas e fazer daquela data um dia atípico. Velas, balões em forma de coração de todos os tamanhos, chocolates, cartões com declarações enlouquecedoras, ursinhos de pelúcia e frufrus. Passava horas pensando e planejando.

Mas veja, a curtição da data não é apenas para os pombinhos apaixonados. E não falo das casas noturnas que hoje lotam com festas para os solteiros, em que a maioria deles afirma que é melhor passar o Dia dos Namorados solteiro do que o Carnaval namorando. Falo em tirar esse dia para amar a si mesmo. Foi o que eu fiz esse ano: namorei eu mesma. Não, não estou louca, mas fiz quase tudo que os enamorados fazem nessa data – eu disse quase tudo, porque não transei.

Como meu feriado de Corpus Christi foi emendado, tive o 12 de junho de folga. Acordei tarde, coloquei aquele modelito e saí. No mercado, enchi a cesta de coisas que eu gosto: salgadinho, balas e um pacote de bombons, porque chocolate não poderia faltar. Na floricultura me assustei: R$ 4,00 cada botão de rosa, mas isso não me impediu de levar algumas, que hoje enfeitam a mesa da cozinha. Ainda comprei um sapato para representar meu presente e fui jantar em um restaurante maravilhoso. Em casa, como já sabia da programação only you de um dos canais da TV paga, corri com meu cobertor para o sofá. Devo ter visto aproximadamente seis filmes de romance, que apenas reforçaram minha visão ai-como-o-amor-é-lindo, e me perguntando: como é que tem gente que não gosta do Dia dos Namorados?

 

 

E você, o que fez no Dia dos Namorados? O que acha da data? Escreva pra gente contando.





Projeto discute educação sexual nas escolas

18 06 2009

Por Joana Gall

Aulas de Educação Sexual já fazem parte de muitas escolas e variam somente na intensidade com que o tema é tratado. Em Balneário Camboriú, um projeto leva o tema às escolas da região. O Educavida, criado numa parceria entre as secretarias de Educação e de Saúde de Balneário Camboriú, atua desde 2001 nas escolas municipais, estaduais e mais quatro colégios particulares no município.

            As aulas tratam de temas importantes como prevenção às doenças sexualmente transmissíveis, AIDS e drogas. as aulas são ministradas pelas Coordenadoras do Educavida, Monalise Petry e Maria Delícia Heusi. De acordo com Monalise, além das aulas o projeto também promove palestras e cursos com os pais dos estudantes. “O Educavida abrange todas as idades, nós somente adaptamos para cada um. Começamos com o básico, alimentação, remédios e conforme vão ficando mais velhos, vamos detalhando mais”, afirma a coordenadora.

            Já na cidade vizinha, em Camboriú, o tema educação sexual não é tratado da mesma maneira. Segundo a Coordenadora das Séries Iniciais do município, Celi Utrera Stevanin, as aulas sobre educação sexual são ministradas dentro da disciplina de Ciências e o assunto é abordado de maneira superficial porque ainda existe um tabu na sociedade. “Já aconteceu de alguns pais entrarem em conflito com o professor porque o tema chama a atenção. Às vezes, se chega a um ponto em que os pais não aceitam”, afirma Celi. Ainda de acordo com a coordenadora, este “tabu é maléfico, pois se os pais não fazem sua parte em casa e ainda criticam a escola, os alunos acabam aprendendo na rua”.

Kit distribuído pelo Educavida

Kit distribuído pelo Educavida





Qual sua opinião sobre o tema Sexualidade ser abordado nas escolas?

17 06 2009

Ângela

Ângela de Souza, 32 anos, funcionária pública

“O tema tem que ser aberto, tem coisas que às vezes não querem falar, mas não adianta. É melhor esclarecer tudo”.

 

 

DirleneiDirlenei Bonfim, 29 anos, serviços gerais

“A escola tem que ensinar, porque a criança vai mesmo aprender. Eu aprendi na escola, porque tinham algumas coisas que minha mãe não ensinou”.

 

 

SolangeSolange Aparecida de Oliveira Farias, 34 anos, serviços gerais

“Acho interessante ter o estudo. A minha menina está na 8ª série e na sala dela já tem duas meninas que são mães. Eu converso em casa, mesmo assim é bom”.

 

 

NoeliNoeli Ziliotto Mafra, 56 anos, costureira

“Concordo, porque as crianças ficam mais informadas sobre os perigos que correm”.

 

 

 

Paulo CoelhoPaulo Coelho, 44 anos, servidor público

“É muito importante para que não se pratique sem preservativo, sem saber. Essas meninas de 15 anos engravidando deveriam aprender na escola, e as mães deveriam aprender também”.

 

 

SueliSueli Custódio Testoni, 50 anos, telefonista

“Sou contra, porque nunca ninguém me ensinou. A gente tem que aprender com o instinto, a vida ensina, não precisa ter aulas disso. A maior prevenção é a pessoa se respeitar. Meu filho tem 20 anos e não pode levar a namorada em casa”. 

 

 





Itajaí contabiliza 43 casos de abuso sexual

15 06 2009

cidade apresenta maior índice de denúncias de violência contra crianças da região

Por Tamara Belizario

Infografia por Sílvia Mendes

Infografia por Sílvia Mendes

Abuso sexual, prostituição infantil e violência contra crianças e adolescentes. Esses são os principais motivos de denúncias no Conselho Tutelar de Itajaí. O órgão público, criado para proteger menores de idade, atendeu desde janeiro deste ano até maio, 43 casos de crianças que vivem em situações semelhantes: o pai ou padrasto utiliza os laços familiares para ganhar a confiança e abusar sexualmente dos menores. “Cerca de 90% dos casos de abuso acontecem dentro do âmbito familiar; são pessoas que realmente conhecem a criança”, explicou o conselheiro tutelar Marcelo Luciano Alves. Em segundo lugar na lista aparece a cidade de Camboriú, com 27 denúncias no Conselho. Por último vem Balneário Camboriú com 25 casos.

O caminho tomado para denunciar abusos ou violência sexual é quase sempre o mesmo. O denunciante vai até a Delegacia da Mulher, da Criança e do Adolescente e explica a situação para o delegado. Se for abuso ou violência, a criança é chamada para realizar o exame de corpo de delito e comprovar a informação. Se for prostituição, os policiais vão até o local indicado para checar a denúncia. Caso seja verdadeira, o aliciador, que normalmente é o dono do estabelecimento, vai preso. O Conselho Tutelar é chamado em todos os casos confirmados de violência contra menores. Após passar pelos conselheiros, a família é encaminhada para o Programa Sentinela, que realiza acompanhamentos psicológicos, médicos e sociais às vítimas. “É bom lembrar que esses números não refletem a realidade. Para cada caso de abuso denunciado, existem outros cinco que não vem à tona”, completou Keila Rosa de Oliveira, coordenadora do Programa.